POV Elizabeth Hilary
Chegamos à parte clara do campo onde nós nos encontramos pela primeira vez. Virei para olhá-lo.
– Quero primeiro pedir desculpas pelo que fiz ontem, foi uma atitude grosseira da minha parte. – Falei abaixando a cabaça, não conseguia olhá-lo sem perder o foco.
– Porque não fala um pouco de você? – Perguntei.
– Quer mesmo saber sobre mim, você vai dormir com a história toda. – falou, mesmo com a cabeça baixa pude sentir seus lindos olhos azuis me fitando.
– Só acho que não é conveniente falar com estranhos. – Implorei
– Tá, lhe conto se você também me contar sua história, prometo não dormir.
– Tudo bem.
Nos sentamos na grama verde e macia. Ele sentou a centímetros de mim.
– Família toda vampiro, não conheci minha mãe...- Ele contou resumidamente.
– Como assim “não conheci minha mãe”, você não lembra dela? – Perguntei curiosa, observando sua reação.
– Eu não me lembro direito do seu rosto, ela foi embora quando eu tinha uns 3 ou 4 anos. – Seu rosto familiar o rosto brincalhão foi substituído por um rosto de tristeza.
– Você não sabe o motivo?
– Bem, não sei nem quero falar sobre isso. Puxa você é insistente. – Reclamou.
– Desculpe pela minha curiosidade.
Ele me falou do que tinha um irmão, Benjamin, da relação complicada com o pai, e muitas outras coisas, até mesmo como foi transformado. Em tudo que ele me contou eu pude sentir que era verdade mais em nenhum momento ele falou dos seus sentimentos.
– Agora é sua vez. – falou me olhando profundamente no fundo dos meus olhos, ele me fez olhá-lo da mesma forma. Senti sua aproximação.
– Você prometeu. – Finalmente falou se afastando de mim. – Nossa você realmente gostou da minha história, dormiu que está babando. – Falou tentando me irritar. Vendo que ele conseguiu.
– Eu não dormi e não estou babando. Você vai querer ouvir minha história ou não?
– Conte-me Princesa do vale vampiresco.
– Seu idiota. – Tentei me acalmar, desse jeito ele vai me deixar louca.
– Princes...
– CALA A BOCA. – Lhe interrompi. Ele riu da minha reação, mas resolveu se calar.
Contei minha longa história a ele, claro também cortando partes sentimentais minhas que nunca contaria a ninguém, a não ser a um pequeno diário. Eu me Admirei ele estar realmente prestando atenção.
POV Willian Robertson
Comecei a contar minha história. Nunca tinha contado a ninguém. Ela foi e será a primeira e ultima mulher que eu conheci ou que eu ainda vou conhecer que saberá. Me perguntei o porquê de eu está lhe contando, não tinha obrigação nenhum. Simplesmente não consegui entender.
– Família toda vampiro, não conheci minha mãe...- Comecei um pouco desconfiado e cheio de interrogações.
– Como assim “não conheci minha mãe”, você não lembra dela?– Me interrompeu me perguntando com curiosidade.
– Eu não me lembro direito do seu rosto, ela foi embora quando eu tinha uns 3 ou 4 anos. – Por que ela quer saber sobre isso? Eu não queria mais falar nesse assunto.
– Você não sabe o motivo?
– Bem, não sei nem quero falar sobre isso. Puxa você é insistente. – Reclamei.
– Desculpe pela minha curiosidade. – Se desculpou, realmente ela ficou balançada com história e talvez triste por mim. Resolvi acabar logo com minha história resumindo ainda mais.
– Agora é sua vez. –Falei olhando os seus lindos olhos verdes, que me lembravam rubis. Dos olhos abaixei para seus lábios carnudos, que me dava vontade de beijá-los. Não poderia fazer isso ela ia me matar, se bem que já estou morto. De qualquer maneira ela iria.
– Você prometeu. – Me afastei dela, estava interessado em saber sua história. – Nossa você realmente gostou da minha história, dormiu que está babando. – Resolvi brincar, amava sua careta e o beicinho que ela faz quando está irritada.
– Eu não dormi e não estou babando. Você vai querer ouvir minha história ou não.
– Conte-me Princesa do vale vampiresco. – Vou assumir, eu sou um artista em apelidos.
– Seu idiota. – Tim Tim, sou campeão.
Ela começou a contar sua história, que me parecia interessante. Prestei atenção em cada palavra que saia da sua boca e sua doce voz. Observei calmamente cada movimento que ela fazia, seu jeito era tentador.
De repente ela se levantou, falando.
– Acho que devo ir para casa, ainda não acho conveniente ficar sozinha com um homem que acab...
Me levantei pegando sua mão.
POV Elizabeth Hilary
Terminei minha história, pensando “ele não deve ter prestado atenção e nem uma palavra que eu disse”, o seu rosto era de encanto como se estivesse pensando em uma linda garota.
Me levantei rapidamente, me lembrando das horas. O que meus pais iram pensar?
– Acho que devo ir para casa, ainda não acho conveniente ficar sozinha com um homem que acab...- fui interrompida com ele pegando minha mão.
Olhei para ele me perguntando o porquê de ele estar fazendo isso.
– Tchau. – Me despedi puxando minha mão.
– Me deixe levá-la para casa. – Pediu.
– Obrigada, mas devo ir sozinha. Os criados podem nós ver.
– Eles não vão. – Insistiu.
– Tudo bem. – Olhei para ele esperando ele ir pegar o seu cavalo. Demorou e ele não tomou a iniciativa, tomei no seu lugar. Me virei indo na direção que ele havia deixado seu cavalo, que estaria amarado no tronco de uma arvore.
– Aonde você vai, a sua casa não é para esse lado? – Perguntou me fazendo parar.
– É, mas vou pegar seu cavalo.
– Ah, mas não vai mesmo. – Falou me puxando para o caminho de minha casa. Me arrependi de ter vindo sem cavalo. Poderia ter roubado um do estábulo, sem que Alfred visse.
– Você não manda em mim, eu faço o que eu quiser. – Gritei.
– Deixa de ser chatinha, só quero lhe ajudar.
Andei mais rápido lhe ignorando.
Chegamos à minha casa. Margareth está correndo pelo jardim da frente, com certeza brincando com Marie.
Puxei Willian pela blusa nos escondendo atrás de um arbusto.
– Shiss. – O ordenei a ficar em silêncio.
– Somos amigos agora? –Sussurrou em meu ouvido, me fazendo arrepiar.
– Talvez.
– Então me encontre amanhã, no mesmo lugar. Certo?
– Vou pensar.
– Vamos lá Hilary agora nós somos amigos. – Tentou me convencer.
– Vou pensar. – Repeti
–Te vejo lá. – Disse esperançoso. Pois espere à vontade, queridinho.
Ele saiu disfarçadamente.
Me aproximei de Margareth, que parou.
– Aonde estava, Elizabeth?- Perguntou Marie.
– Estava no estábulo vendo Penélope. - Menti
– Você não estava lá, nós perguntamos por você a Alfred. – Gelei. Será que o ‘nós’ seria meus pais. Pensei numa outra justificativa.
– É que depois eu fui passear por nosso extenso terreno.
– Tudo bem então. – YES, ela acreditou só falta os meus pais, isso vai ser um pouco mais difícil.
Fui para casa. Ao entrar ouvi uma conversa estranha entre meus pais e um dos seguranças de nossa casa. Resolvi ficar escutando, sei que é falta de educação, mas não me importo com isso.
– COMO? Como ele pode fazer isso? Invadam a sua propriedade. – Meu pai lhe ordenou.
– Mas senhor, ele tem dois filhos ainda jovens. – Nesse momento pensei em Willian e seu irmão, mas não entendi por que.
0 comentários
Postar um comentário