Cena 1
POV Elena
3 de agosto, na verdade começo de 4 de
agosto, por volta de 1h00.
Querido Diário,
Eu devia voltar logo para cama. Há
apenas alguns minutos eu acordei pensando que alguém estava gritando, mas agora
a casa está silenciosa. Tantas coisas aconteceram esta noite que meus nervos
estão em alerta, acho.
Pelo menos acordei sabendo exatamente
o que vou fazer com Estefan. O negócio todo meio que brotou em minha mente.
Plano B, fase um, começa amanhã.
Cena 2
POV Elena
Cheguei à
escola e logo encontrei as pessoas certas para me ajudarem a por meu plano em
ação.
- Olá,
meninas!
- Olá, Elena.
- Vocês nem
sabem o que eu escutei hoje. –falei em um tom de suspense.
- O que? –
perguntou uma das garotas com uma certa curiosidade.
- Não sei se
devo contar. – falei deixando-as mais curiosas.
- Conte. –
uma delas falou com impaciência
- Eu descobri
que Estefan Salvatore é um policial disfarçado. –menti.
- Oh! - elas
ficaram surpresas com a novidade.
- Mas é
melhor ficar só entre nós, ele pode descobrir. – falei sabendo que a história
iria se espalhar em menos de cinco minutos.
Despedi-me
delas e sai satisfeita. Em breve a escola inteira estaria comentando.
Cena 3
POV Elena
Estávamos no
refeitório conversando quando surgiu Frances, com um sorriso animado.
- Ah, Elena,
você tem que ouvir essa! –ela falou com entusiasmo.
- Quer
dizer... Posso me juntar a vocês? – perguntou com medo que eu ficasse com
raiva. - Eu acabei de ouvir a coisa mais selvagem sobre Estefan Salvatore.
- Sente-se,
mas não estamos interessadas na notícia. –falei desinteressada.
- Você? Vocês
estão brincando, certo? –ela falou não acreditando no que eu estava dizendo.
- Nem um
pouco. Temos outras coisas em mente hoje. – Meredith ajudou.
- Exatamente,
Estefan é notícia velha, sabe, passado. – Bonnie continuou.
- Mas eu
achei que você quisesse saber tudo sobre ele. – Frances falou com uma voz
triste.
-
Curiosidade. Afinal de contas ele é um visitante e eu queria dar-lhe as boas-
vindas. Mas é claro que eu tenho que ser leal a Jean Cláudio. – rebati.
- Jean
Cláudio? – Frances perguntou sem entender.
- Jean
Cláudio. –afirmou Meredith.
- Jean
Cláudio. – Continuou Bonnie.
Tirei da
bolsa uma foto e mostrei para Frances.
- Aqui está
ele de pé na frente da Cottageem que
ficamos. Logo depois de ter me dado uma flor e dito... Bem, eu não deveria
repetir. –menti.
- Ele é mais
velho, não é? –perguntou depois de ter observado a foto.
- Vinte e um.
E é claro, minha tia nunca aprovaria, então estamos escondendo dela até a
formatura. Nós temos que escrever um para o outro em segredo. – tentei
convencê-la.
- Que
romântico. Eu não contarei a uma alma, prometo. Mas quanto a Estefan...
- Se eu vou
desfrutar de algo europeu, prefiro Francês a italiano toda vez. Certo? – falei
interrompendo-a.
- Um, certo,
toda vez. – Meredith concordou.
- Não
concorda? – perguntei.
- Oh, sim.
Eu, também. Toda vez. – ela falou convencida.
Ela sorriu e
foi embora.
- Isso irá me
matar, Elena, eu vou morrer se não ouvir a fofoca. – Bonnie falou curiosa.
- Oh, aquilo?
– falei desinteressada. – Eu posso te contar, ela ia dizer que tem um rumor
circulando que Estefan Salvatore é um policial.
- Um o que?
Mas isso é ridículo. Que policial no mundo iria se vestir daquele jeito e usar
óculos escuros? Quero dizer, ele fez de tudo para chamar a atenção para si
mesmo... Mas então, isso pode ser o porquê dele fazer isso. Quem iria suspeitar
de alguém tão óbvio? E ele mora com o tio e é terrivelmente reservado. Elena, e
se for verdade? – Bonnie perguntou indecisa.
- Não é. –
falou Meredith.
- Como você
sabe?
- Por que fui
eu que comecei. –revelei.
- É o plano
tonta! – zombou Meredith.
- Oh! Você é
má. Posso contar às pessoas que ele tem uma doença terminal? – perguntou Bonnie
animada.
- Não, não
pode. Eu não quero nenhum tipo de Florence
Nightingalese alinhando para segurar sua mão. Mas você pode contar às
pessoas o que quiser sobre Jean Cláudio.
- Quem ele
realmente era?
- Meu tio
distante, ele era louco por esses arbustos de hibisco. Ele também é casado, com
dois filhos. –informou Meredith.
- Pena, e
você disse a Frances para não contar a ninguém sobre ele...
- Certo. –
falei olhando para o relógio. – O que significa que mais o menos em duas horas,
deverá estar por toda a escola.
Cena 4
POV Estefan
Eu e Matt
conversávamos enquanto seguíamos em direção a sala de aula.
- Você joga
bem, Estefan. – elogiou-me
- Obrigado,
Matt.
- Eu
costumava jogar quando eu era mais jovem. – falei lembrando- me da minha
infância querida.
- Desculpe a
minha curiosidade, mas onde você morava antes de vir para cá?
- Eu nasci
aqui. Fui morar em São Paulo com a minha família depois que minha mãe faleceu.
Logo depois passei um tempo na Europa e resolvi voltar. –falei resumidamente.
- Por quê?
–perguntou com curiosidade.
- Saudades da
minha Terra.
- Aqui traz
boas lembranças. – ele completou.
Der repente,
Elena passou por nós. Percebi Matt observá-la de um jeito diferente.
- Você ainda
gosta dela não é? –perguntei, embora eu já soubesse da resposta.
- Gosto. –ele
olhou para mim e continuou. – Mas ela gosta de outro.
Entendi o que
ele quis dizer. Ele achava que ela estaria gostando de mim. Será?
- Eu não
ficarei com ela, Matt. Não quero um relacionamento agora. – Isso pelo menos era
o que eu deveria fazer.
Cena 5
POV Elena.
Depois da
escola, nós formos para a casa de Bonnie. O cachorro da família, Yangtze, nos
recebeu com um estridente latido. Quando Bonnie abriu aporta ele saiu correndo
para o quintal.
- Yangtze
para dentro! –gritou ela.
- Esse
cachorro mimado está enchendo o saco.
– Bonnie falou com raiva.
- Oh, Bonnie.
Fico feliz por estar de volta. Olá, Elena e Meredith. – Maria nos cumprimento.
Maria é a
irmã mais velha de Bonnie. Ela é enfermeira no hospital municipal de Vila Nova.
Desde que os pais se separaram, ela tem sido uma grande ajuda para por ordens
na casa.
- Olá. – eu e
Meredith falamos juntas.
- Qual o
problema? Você parece cansada. –Bonnie perguntou preocupada.
- Ontem à
tarde quando você voltou para casa, você disse que vocês, garotas, tinham
estado?
- Lá no
cemitério. – Bonnie respondeu casualmente.
- Foi o que
eu pensei. Agora, me escute, Bonnie Bennet. Nunca mais vá lá novamente e
especialmente sozinha e tão tarde. Você entendeu? – alertou Maria.
- Mas por que
não? – Bonnie perguntou sem entender.
- Porque
ontem à noite alguém foi atacado lá, é por isso que não. E você sabe onde eles
o encontraram? Bem na ponte Wickery em frente ao cemitério.
Meredith e eu
olhamos uma para outra com assombro. Bonnie estremeceu.
- Alguém foi
atacado de baixo da ponte? Mas quem foi? O que aconteceu? – Bonnie perguntou
alarmada.
- Eu não sei.
Essa manhã um dos trabalhadores do antigo cemitério o viu lá. Ele era um
mendigo, eu acho, e provavelmente estava dormindo quando foi atacado. Mas ele estava
parcialmente morto quando o trouxeram, o pobre homem não recobrou a consciência
ainda. Ele pode morrer. – informou Maria com uma voz de medo.
- O que você
quer dizer com atacado? – perguntei tentando entender o que ela nos contava.
- Quero dizer
que a garganta quase foi dilacerada. O corpo dele está cheio de feridas. No
começo eles acharam que poderia ter sido um animal, mas agora o Dr. Lourenço
disse que foi uma pessoa. E a polícia disse que quem quer que tenha feito isso
pode estar escondido no antigo cemitério.
- Então se
vocês estiveram na ponte ou no cemitério, essa pessoa pode ter estado lá com
vocês. Entenderam? – concluiu ela.
- você não
tem mais que nos assustar. Nós entendemos Maria. –Bonnie falou tentando
confortá-la.
- Tudo bem.
Bom, eu tenho que deitar por um instante, tenho que trabalhar depois. Eu não
queria ser brigona.
Maria subiu
para o quarto e ficamos olhando uma para outra.
- Poderia ter
sido a gente, especialmente você, Elena, que foi lá sozinha. – Meredith falou
me olhando com uma cara feia.
- Pessoas
más. Como podem fazer isso? – refletiu Bonnie.
- Não sei,
mas isso me dá medo. – falei tremendo.
Um psicopata
estava à solta. Ele está pronto para por em rico a vida de todos nós.
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